Thor Ragnarok e o encontro do tom
Thor está aprisionado do outro lado do universo, sem seu martelo, e se vê em uma corrida para voltar até Asgard e impedir o Ragnarok – a destruição de seu lar e o fim da civilização asgardiana – que está nas mãos de uma nova e poderosa ameaça, a terrível Hela. Mas primeiro ele precisa sobreviver a uma batalha de gladiadores que o coloca contra seu ex-aliado e vingador – o Incrível Hulk.
Eu já havia praticamente desistido do filmes do super heroi Thor, até descobrir que o estúdio Marvel havia resolvido repensar sua maneira de apresenta-lo, o que me deixou, no minimo, curiosa. A verdade é que, apesar de consciente do total desapego ao quadrinho que lhe deu origem, para mim, este foi de longe o filme mais interessante da até então trilogia.
Enquanto nos dois primeiros filmes há uma clara incerteza sobre o que apresentar, o heroi em si é engraçadinho, mas sem ser divertido, e o ator não conseguia passar a carga emocional que os momentos mais tensos e dramáticos exigiam, assim as histórias transitavam entre comedia e drama, sem conseguir torna-los complementares, mas sim trabalhando com total falta de encaixe do que ocorria.
Neste filme, já temos Chris Hemsworth muito mais a vontade e conseguindo acompanhar a narrativa com uma atuação intencionalmente mais leve. É divertido vê-lo se relacionar com Huck e Loki, servindo também para desenvolver os laços e aparar arestas deixadas nos filmes anteriores, assim como a apresentação da personagem Valquíria, interpretada por Tessa Thompson, trás novidades interessantes.
O que poderia vir a enfraquecer a história, é a vilã Hela, interpretada por Cate Blanchett, que tem um desenvolvimento raso e atitudes sem sentido, a parte que se destaca em sua narrativa é de seu ajudante, Skurge (Karl Urban), um guerreiro asgardiano que não nos deixa muito certos de seu caráter até uma importante atitude ser tomada por ele. Porém, assumindo que o filme em momento algum se leva a sério, fica mais fácil desconsiderar essa falha do roteiro.
Finalmente a saga de Thor caminha para um rumo bem definido e se arrisca a dar uma identidade ao que está nos apresentando. Então, meu sinto muito a todos que queriam ver a história dos quadrinhos ser apresentada com fidelidade, mas aproveitemos que, pelo menos como uma obra cinematográfica em isolado, nós temos um ótimo entretenimento.
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