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Resenha: Feios, de Scott Westerfeld


Quando li o titulo deste livro e vi sua capa, me senti logo fisgada pela curiosidade, pois ambos causaram um impacto positivo em mim. Foi por isso que só chequei sua sinopse quando iniciei sua leitura e, rompendo com a primeira impressão, o classifiquei como ‘livro que desistirei antes do fim’. 
Pra entender melhor o que digo, veja como ele é introduzido:
Tally está prestes a completar 16 anos, e ela mal pode esperar. Não por sua carteira de motorista – mas para se tornar bonita. No mundo de Tally, seu aniversário de 16 anos traz uma operação que torna você de uma horripilante pessoa feia para uma maravilhosa pessoa linda e te leva para um paraíso de alta tecnologia onde seu único trabalho é se divertir muito.
Uma viagem não? Despenquei da curiosidade forte para a crença na frustração. Se não fosse pelo instinto ‘leia e descubra’, teria desistido, o que, preciso dizer, seria a escolha errada.
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Seguindo a moda atual das distopias, Feios é uma história de jovens em um futuro pós-apocalíptico onde uma nova ordem de vida/governo comanda. Nesta nova realidade todos são operados aos 16 anos para tomar formas distintas, porém com similaridades, numa tentativa de eliminar os problemas causados pelas diferentes ‘formas naturais’ do ser humano (hello racismo!).

A narrativa acompanha Tally, uma garota que aguarda ansiosamente a chegada do seu aniversário para se tornar perfeita, titulo que os operados recebem (e do volume seguinte da coleção). Nos últimos dias de sua vida como feia porém ela conhece Shay, uma garota que lhe mostra que nem todos estão satisfeitos com isso e que, após se tornar sua amiga, tenta convence-la a fugir com ela para a fumaça, um local de resistência que para Tally não passa de lenda.

Surge ai o primeiro dilema e o momento em que Tally ganha meu primeiro voto positivo. Ela não aceita a ideia da amiga e decide ficar. Isso mesmo, Tally não é a mocinha que não faz escolhas, deixando os acontecimentos decidirem por ela (Viva!) e apesar de não ter criado nenhum laço forte com ela não pude deixar de gostar disso.

Assim elas se despedem e as confusões começam a surgir. Com o sumiço de Shay, Tally se torna alvo dos Especiais, que seriam como a policia nessa sociedade (e titulo do terceiro volume). Ela se vê metida numa chantagem onde para se tornar Perfeita terá que sair a caça de Shay e da Fumaça. E novamente (tandam!) Tally faz uma escolha: Ela aceita.

A mocinha decide aprontar com a amiga? Sim. E eu defendo e a apoio aqui. Tally vive em uma sociedade onde o natural é fazer a operação e sempre desejou que seu dia chegasse, logo ser perfeita sempre foi seu objetivo. Como simplesmente deixar isso de lado?

Dai começam as aventuras de Tally e surgem diversos dilemas quando ela começa a conhecer outros lados da sociedade em que vive, questionando e quebrando o que antes considerava certo e errado.

Surge ai outro ponto que achei bacana, por mais que seja perceptível quem são os ‘mocinhos’ da trama, você consegue se pegar dando apoio pra teorias e defesas de ambos os lados.

Enfim, Feios tem uma narrativa leve e fácil, e um enredo que te faz ler rapidinho, e apesar de não ser uma obra que marque (ao menos não me marcou), é uma ótima pedida pra ocupar algumas horas do seu dia.

Sobre as sequencias, eu pretendo trazer a resenha dos próximos em breve. Assim que a vontade de lê-los – que fugiu depois que eu li outros livros – voltar. É isso queridos, até a próxima!

Dados da obra:
Titulo: Feios
Autor: Scott Westerfeld
Tradutor: Rodrigo Chia
Editora: Galera Record
Páginas: 415

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